Etnografia

Todo o concelho das Lajes das  Flores é repleto de belezas naturais que testemunham a perfeição do «Criador».

É formado por sete Freguesias que são:

• Fajã Grande

• Fajãzinha

• Fazenda

• Lajedo

• Lajes das Flores

• Lomba

• Mosteiro

Neste concelho existem mil toneladas de verde semeados de Flores, que contrastam com o basalto negro dos muros. A exuberante beleza, a  frescura, o correr da água e o chilrear dos pássaros completam este cenário bucólico deliciando todos aqueles que visitam o concelho mais Ocidental da Europa.

• Miradouro da Rocha do Touro, situado entre as Freguesias da Fazenda, Lomba, Caveira e Vila de Santa Cruz, pode-se vislumbrar o imenso Oceano tendo a ilha do Corvo ao fundo.

• Portal da Fajã, na freguesia da Lomba, proporciona uma deslumbrante panorâmica, sobre as baías da Fajã de Pedro Vieira e da Fonte da Saúde.

• A estrada da pedrinha, itinerário que nos leva à Caldeira da Lomba, de onde se admira a paisagem estonteante do vale das Lajes com as caldeiras Funda e Rasa. De igual de modo ao percorrer esta estrada podemos também admirar em simultâneo as Freguesias da Lomba, Fazenda e Lajes.

• A fajã Lopo Vaz foi o local por onde entraram os povoadores desta Ilha, e onde outrora se produzia tudo o que era necessário para uma alimentação baseada na agricultura,  em  especial  a  fruta. Actualmente esta Fajã, encontra-se coberta de pastagens e bananais e é bastante procurada por todos aqueles que gostam de praia, praticar exercício físico e de sossego.

• A rocha dos bordões é um autêntico monumento natural resultante da solidificação do basalto em altas estrias verticais formando um alto morro, nas proximidades da sua base, junto ao mar, as Águas Quentes, pequenas caldeiras de água sulfurosa fervente, recordam a origem vulcânica da Ilha.

• No miradouro da Fajãzinha, no fundo do vale à sombra das rochas e ao som das inúmeras cascatas, reina a calma e a placidez de quem vive no meio da beleza.

• As sete lagoas testemunho dos vulcões que estão na génese desta Ilha, constituem uma paisagem magnífica merecendo especial relevo a lagoa negra, com cerca de cem metros de profundidade rodeada de areais e protegida por altas montanhas embelezadas por manchas de  Hortênsias, mas as seis restantes, branca, comprida, rasa, lomba, funda e seca, têm uma beleza serena e atraente que as fazem merecer uma visita.

• Ilhéu do Monchique é o ponto mais Ocidental da Europa, tendo servido no tempo da navegação astronómica, como ponto de referência para acerto das rochas e verificação dos instrumentos náuticos.

 O Concelho das Lajes apresenta um relevo profusamente acidentado. Os vales são profundos encimados por altos montes e  a sua costa é muito recortada, por entre as altas ravinas e profundas baías.

 A vegetação endémica em todo o concelho é abundante, destacando-se a caldeira seca cuja as margens são um autêntico laboratório de estudo para os especialistas.

 O Concelho das Lajes das Flores com uma área total de 72 Km2, é um dos dois em que está dividida a Ilha das Flores. Esta juntamente com a Ilha do Corvo constituem o grupo ocidental do Arquipélago dos Açores.

 O Concelho mais Ocidental da Europa foi local de eleição da segunda e da definitiva tentativa do descobrimento da Ilha, após a experiência falhada do fidalgo Flamengo Wülhelm Van Der Haegen, na Ribeira da Cruz.

 Os  primeiros  povoadores dispersaram-se pela Ilha das Flores em busca de terras férteis abrigadas, ficando em grande isolamento devido ao relevo acidentado que domina toda a Ilha.

 No concelho das Lajes as Fajãs de Lopo Vaz e Pedro Vieira, a primeira na costa Sul e a segunda na Freguesia da Lomba,

 A sua toponímia, assim como de muitos ilhéus são ainda hoje testemunho dos primeiros habitantes.

 À custa de trabalho árduo toda a Ilha desenvolveu-se, com maior incidência no concelho das Lajes.

 Com sensivelmente o dobro da população de Santa Cruz das Flores e não existindo registos que indiquem a data de elevação a Vila da Freguesia das Lajes das Flores, tudo aponta que esta foi a primeira a merecer esta honra no século XVI.

 Desde os primórdios do povoamento a actividade económica dominante era a agricultura. Esta era essencialmente de subsistência assente nos cereais, nos legumes e em alguma criação de gado.

 A Ilha das Flores sobranceira ao Atlântico, era o primeiro ponto de paragem das embarcações que navegavam nas rotas transatlânticas que ligavam a Europa aos novos mundos descobertos entre os séculos XIV e XVI.

 Porém se era porto de abrigo para as naus, a Ilha das Flores era também local de paragem de corsários e piratas, que por diversas vezes a atacaram causando profunda devastação por toda a ilha.

 Para se defenderem os habitantes do concelho das Lajes construíram vários fortes, devidamente guarnecidos de canhões, destacando-se o forte de Santo António que protegia as Lajes.

 No século XIX o ataque de piratas e corsários deu lugar aos barcos baleeiros americanos que recolhiam os jovens que partiam na aventura de alcançarem novas terras de fartura na América.

 É assim que a emigração começa a defraudar o efectivo populacional da Ilha. O concelho das Lajes das Flores deixou na História da baleação Açoreana uma página impagável pois foi aí que se registou a primeira armação costeira dos Açores.

 A Florentina em 1856-57, é assim que inicia a "fase americana" anterior à baleação do Faial e do Pico.

 Actualmente o concelho das Lajes vem sendo objectivo de uma crescente melhoria estrutural. Graças ao grande esforço da Câmara Municipal encontra-se dotado de infra-estruturas necessárias ao seu incremento, que mercê de um trabalho constante terá como ponto principal o turismo, dado ter sido dotado pela natureza de belezas que não se encontram por outras paragens.